sábado, 10 de julho de 2010

Calor e humidade aumentam baratas gigantes em Lisboa



Espécie que vive nos esgotos tem invadido casas em várias zonas de Lisboa. Especialista acredita que número vai diminuir naturalmente.

Nos últimos dias os habitantes de Lisboa foram surpreendidos com uma invasão de baratas. A cidade parece estar a viver uma praga destes insectos, pelo menos atendendo ao número de pessoas que já se queixaram. "Nos últimos dias temos recebido muitas chamadas e hoje [ontem] também já recebemos muitas queixas de pessoas que dizem ter visto baratas em casa", confirmaram ao DN, os serviços de higiene urbana da Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Este surto pode estar ligado às altas temperaturas e à humidade dos últimos dias. O especialista da Universidade de Coimbra, João Paulo Sousa, acredita que o número de baratas vai diminuir naturalmente.

Rute Lagoas vive num sétimo andar de um prédio em Campo de Ourique e na quinta-feira à noite viu um insecto no tecto. "Era enorme, tinha uns sete centímetros e voava. Tive de chamar o meu marido para a matar", conta ao DN. Esta foi a primeira vez que teve uma barata dentro de casa. Depois de ligar para a CML ficou a saber que esta espécie é conhecida por barata americana e que vive nos esgotos, saindo quando está muito calor. Rute não vai para já fazer nenhuma desbaratização, mas confessa que já comprou todos os insecticidas que havia no supermercado.

Já no prédio de Sónia Branco, no Parque das Nações, os moradores decidiram contratar uma empresa para matar os insectos. "Na garagem do prédio apareceram muitas baratas e por isso chamamos os 'extreminadores implacáveis' para as matar. Aquilo era um cenário dantesco", conta Sónia, que adianta ter um medo irracional de baratas.

O facto de poderem transmitir bactérias, fungos ou vermes, tornam estes animais perigosos para a saúde. A boa notícia é que a praga pode desaparecer naturalmente.

"É possível que depois desta explosão, acabem por baixar para o seu número normal. Quando as temperaturas e a humidade estabilizarem para valores mais baixos", explica o professor do departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), João Paulo Sousa.


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